Chávez prepara ruptura de relações com Bogotá

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Por Efe , Reuters e CARACAS
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu ontem a seu ministro de Relações Exteriores, Nicolas Maduro, para "preparar a ruptura de relações com a Colômbia", alegando que isso é algo que vai ocorrer em um futuro. Chávez fez o pedido durante o ato de despedida do embaixador cubano na Venezuela, Germán Sánchez, realizado no Palácio de Miraflores, sede do Governo. "É preciso preparar a ruptura de relações com a Colômbia, isso vai ocorrer", disse Chávez, acrescentando que não há como reparar as relações com Bogotá. "Essas sete bases são uma declaração de guerra contra a revolução bolivariana e assim assumimos", acrescentou o governante, referindo-se ao acordo militar entre Bogotá e Washington que permitiria a soldados americanos usar bases colombianas para combater o tráfico de drogas e o terrorismo. "Vamos nos preparando porque essa burguesia colombiana nos odeia e já não há possibilidade de um retorno", argumentou Chávez. Ele assegurou que é "impossível" abraçar novamente o presidente colombiano, Álvaro Uribe. "Não vamos seguir com os panos quentes e com isso que dentro de um mês e meio ?Uribe quer vir? ou que ?Chávez, por que não vem?", explicou o presidente venezuelano. Depois, ele se referiu à declaração do governo colombiano de que a Venezuela está se intrometendo em seus assuntos e disse que se tratava de um ato de cinismo. "Acusam-nos de ingerência, que governo mais cínico e imoral", afirmou Chávez. Ele explicou que muitos setores colombianos pedem reuniões com ele, especialmente os movimentos sociais, "aos quais estão batendo com a desculpa de lutar contra o terrorismo e o narcotráfico". Nesse sentido, afirmou que "o governo colombiano não está interessado em acabar com o narcotráfico, porque é um narcoestado e sua economia é uma narcoeconomia. Isso é uma verdade que pode ser demonstrada com números". No mês passado, Chávez suspendeu as relações com a Colômbia por considerar que uma maior presença militar dos EUA na região supõe uma ameaça à Venezuela e seu projeto socialista.

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