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Chávez quer partido para respaldar a revolução bolivariana

Nova sigla não terá ´pensamento único´, mas democrata e humanista, diz presidente

Por Agencia Estado
Atualização:

A constituição de um partido forte na Venezuela que respalde a revolução bolivariana é vital para o êxito do processo, afirmou neste sábado o presidente Hugo Chávez. O presidente fez esta advertência diante de mais de dois mil "promotores" que trabalharão a partir de agora para que o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) seja uma realidade até o fim do ano. Chávez disse que começou uma fase de aprofundamento da revolução que vai "aguçar as contradições" tanto no plano interno como nas relações internacionais. O presidente ratificou a "urgente necessidade de dispor de um partido forte", para que a revolução não seja detida. "Por isso, o império e as classes poderosas começaram a conduzir novamente as teses do magnicídio, do golpe de Estado, da desestabilização para conseguir uma intervenção dos Estados Unidos através de organismos internacionais para nos converter em um país tutelado", afirmou Chávez. "Começaram a reativar com força estes planos aqui e fora da Venezuela", acrescentou. Chávez voltou a convidar seus aliados do Partido Comunista da Venezuela (PCV), do Pátria Para Todos (PPT) e do Podemos a se integrarem no novo "grande partido socialista e revolucionário". Lembrou a eles que, se ficarem de fora, se transformarão em cascas de ovos vazias e terminarão sendo vítimas de desvios como o "reformismo" ou o "dogmatismo". Democrata e humanista O líder venezuelano esclareceu que o novo partido não funcionará sob "um pensamento único" nem terá uma tendência "stalinista", mas será essencialmente democrata e humanista. Ao se referir à política internacional, Chávez explicou que um fator que criará tensões são "os projetos petrolíferos com a China", que têm como meta o fornecimento de um milhão de barris diários até 2012. "Estes planos vão aguçar as contradições com o império, que não perdeu a esperança de que a Venezuela volte a ser sua colônia. Eles vêem com grande preocupação estes acordos, por isso aumentarão os ataques", afirmou. Sobre o presidente americano, George W. Bush, Chávez disse que ele está agora "mais perigoso que nunca", porque entrou na fase final de sua gestão sabendo que é derrotado. "Restam a eles dois anos e são capazes de qualquer coisa, porque naquele governo há alguns mafiosos e assassinos, com prontuários criminosos", afirmou, salientando que, se a maioria do povo venezuelano apoiar o governo através do novo partido, as tentativas desestabilizadoras estarão condenada ao fracasso.

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