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Chávez quer permanecer na presidência até 2031

Abatido, presidente venezuelano dá entrevista para afastar especulações sobre sua saúde e reafirma que é candidato nas eleições do ano que vem

Atualização:

CARACASO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está decidido a ficar à frente do governo até 2031. Em entrevista publicada ontem no jornal estatal Correio do Orinoco, o venezuelano garantiu que o câncer jamais o fez pensar em deixar a presidência. Ele confirmou ainda sua candidatura para as eleições presidenciais de 2012."Estou resolvido a chegar até 2031", disse Chávez ao mencionar o projeto que traçou desde sua chegada ao poder, em 1999, e pretende completar três décadas no comando, incluindo uma "década de ouro", como ele diz, entre 2020 e 2030.Chávez, conhecido por seu estilo ativo, carismático e populista, está visivelmente enfraquecido para disputar um novo mandato em dezembro de 2012. Com a entrevista, o presidente tentou acalmar as especulações sobre seu estado de saúde. "Tenho razões médicas, científicas, humanas, razões de amor e razões políticas para me manter à frente do governo e da candidatura, com mais força do que antes", disse o presidente, que faz 57 anos na quinta-feira.Chávez retornou à Venezuela no sábado, de surpresa. Ele passou a semana em Cuba fazendo quimioterapia. No seu retorno, disse que os médicos não detectaram "células malignas" em seu corpo, embora tenha ressaltado que ainda existe o risco de a doença voltar. Chávez anunciou que manterá sua agenda "reduzida" de compromissos para seguir as recomendações médicas."Se houvesse razão, deixaria o poder. Principalmente se houvesse prejuízo à parte física ou mental. Seria o primeiro a querer parar, e de maneira responsável", afirmou. Há detalhes sobre a doença que Chávez prefere guardar, uma vez que "fazem parte de sua experiência pessoal".Chávez adiantou que a comemoração de seu aniversário será realizada no dia 28 com o povo em uma celebração nunca antes vista, embora não tenha revelado detalhes por questões de segurança. "A doença despertou ainda mais vontade de viver, de lutar e de vencer". / EFE e AP

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