19 de outubro de 2010 | 13h15
A visita de Chávez é parte de um giro internacional para fortalecer os laços comerciais da Venezuela com o Leste Europeu e o Oriente Médio. Ele chegou a Teerã após partir de Moscou, onde fechou vários acordos, incluindo o da primeira usina nuclear da Venezuela. Esse acordo foi visto com reservas pelo governo dos Estados Unidos, que já mantêm uma relação difícil com Chávez. "É um direito de qualquer país buscar energia nuclear civil. No entanto, com esse direito, vêm responsabilidades", disse um porta-voz do Departamento de Estado americano.
Chávez tenta fortalecer sua posição internacional, enquanto continua a divergir abertamente dos EUA. O líder venezuelano apoia o programa nuclear do Irã, ao contrário do governo americano. Ahmadinejad visitou a Venezuela em novembro passado, no que foi visto como um ato de desafio aos EUA por causa do programa nuclear iraniano.
A emissora iraniana de língua inglesa Press TV informou em seu site que a presença de Chávez em Teerã deve enfocar a expansão da cooperação nos setores de hidrocarbonetos e petroquímico. Na agenda estão os planos para uma companhia conjunta de transporte de petróleo e a construção conjunta de usinas petroquímicas, bem como a participação venezuelana na exploração do campo de gás iraniano de South Pars.
Os dois governos já firmaram memorandos de entendimento sobre os três projetos no ano passado. Ao longo dos últimos cinco anos, os dois membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já fecharam vários acordos sobre a cooperação de petróleo e gás, na mesma época em que a indústria iraniana foi atingida pela retirada de empresas ocidentais em face de sanções dos EUA e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. As informações são da Dow Jones.
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