28 de janeiro de 2010 | 08h13
Segundo os mesmos boatos, o plano de promover os militares cubanos teria sido a razão da demissão do vice-presidente e ministro da Defesa, Ramón Carrizález. Por mais absurdas que pareçam, a boataria dá ideia do grau de tensão que envolve o país desde o silenciamento, pela segunda vez em três anos, da emissora Rádio Caracas Televisão (RCTV). Perto da meia-noite, Chávez apareceu num programa da estatal Venezuelana de Televisão para desmentir as versões. "Que ninguém caia no jogo dos desestabilizadores", advertiu Chávez.
"Claro, não vamos subestimar as forças da oligarquia que são títeres do império (dos EUA). Temos de estar prontos para a batalha", prosseguiu o presidente venezuelano. "Que nossos inimigos saibam que não há uma Honduras aqui. Se querem me derrubar, se dizem que estou acabado, eu os desafio, convoquem um referendo revogatório."
Uma fonte próxima dos militares disse ao jornal O Estado de S. Paulo que Chávez tem agido nos bastidores para manter a lealdade dos comandantes. Segundo a fonte, o presidente detectou e afastou, sem alarde, todos os oficiais que poderiam resistir ao seu "socialismo do século 21". Chávez também tem investido pesadamente na compra de armamentos e na modernização das Forças Armadas, além de aumentar o soldo e acelerar a promoção de oficiais de grau médio. Após dois dias de protestos maciços, as manifestações sofreram uma diminuição ontem. Mas a situação ainda era de tensão em Mérida.
Volta ao ar
Três dos seis canais de TV a cabo retirados da grade das operadoras de serviço no domingo apresentaram documentação à Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) e estão aptas a voltar ao ar, informaram ontem autoridades do organismo. São eles a TV Chile e os canais American Network e Ritmo Son. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Encontrou algum erro? Entre em contato