WASHINGTON - Representantes do governo da Venezuela e da oposição estão na Noruega para negociar o fim da crise política no país. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela agência Reuters, que confirmou com quatro fontes da oposição venezuelana.
Pelo Twitter, o líder opositor, Juan Guaidó, confirmou o contato com a chancelaria norueguesa, mas negou que haja negociação formal. “Só haverá negociação se houver fim da usurpação, governo de transição e eleições livres”, escreveu Guaidó.

De acordo com as fontes, que pediram anonimato, o ministro venezuelano da Comunicação, Jorge Rodríguez, e o governador do Estado de Miranda, Héctor Rodríguez, viajaram para Oslo a convite do governo norueguês, que atua como facilitador da aproximação.
Por parte da oposição, viajaram os assessores Gerardo Blyde e Fernando Martínez, ao lado do segundo vice-presidente da Assembleia Nacional, Stalin González, segundo as quatro pessoas consultadas pela Reuters.
Os dois lados, no entanto, ainda não se reuniram. Até agora, os encontros foram realizados separadamente com representantes da Noruega, segundo uma das fontes, que não deu detalhes da agenda de negociações. O Ministério das Relações Exteriores da Noruega e o Ministério da Comunicação da Venezuela também não comentaram a notícia.
As reuniões em Oslo seriam um novo esforço concreto dos dois lados para buscar um entendimento depois que o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e os partidos de oposição naufragou, no início do ano passado, pouco antes das eleições boicotadas pela coalizão opositora.
“O esforço deve ser preservado. Ele tem seriedade e apoio”, disse uma das fontes da oposição, que acredita que as negociações apontam para uma solução eleitoral para a crise política na Venezuela. Não ficou claro, no entanto, se Maduro autorizou esse novo diálogo, o que, segundo as fontes, ocorreu após um esforço de vários meses do governo da Noruega. / REUTERS
Dia do Trabalho tenso na Venezuela
Esta quarta-feira está sendo marcada pela tensão na Venezuela. O opositor Juan Guaidó tenta manter a pressão sobre o governo de Maduro, que convoca protestos favoráveis.