CARACAS - O chavismo mandou prender uma cuidadora de cachorros que ficaram “órfãos” depois da prisão ou fuga de seus donos, vistos como inimigos da pátria pelo regime de Nicolás Maduro.
A punição indireta aos “cães opositores” despertou críticas de entidades de defesa dos animais. O abandono deles por venezuelanos que migram é um problema no país.
“Várias detenções aconteceram entre 21 e 22 de setembro. Angela Expósito, uma das detidas. Nacionalidade espanhola e representante da Fundanimal, ONG na qual mantinha sob seu cuidado alguns cachorros de pessoas procuradas por causas políticas”, afirmou no Twitter o diretor da ONG Foro Penal, Alfredo Romero.
O advogado publicou a mensagem ao lado de um vídeo, no qual destaca que a mulher cuidava do cachorro do ex-policial rebelde Óscar Pérez, conhecido pelo ataque com granadas, feito de um helicóptero, à sede do Tribunal Supremo de Justiça, em junho de 2017. Ele foi morto em janeiro durante uma operação das forças de segurança. Cercado, ele gravou um vídeo em que se dizia disposto à rendição.
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Na gravação difundida por Romero, aparece uma imagem do que seria o documento de identidade de Angela. Uma mulher que a ONG identificou como parente da espanhola disse que os funcionários do Serviço de Inteligência prenderam Angela durante a madrugada, sob “acusação de conspiração”.
A Procuradoria venezuelana não deu informações sobre o assunto ou sobre as prisões. / EFE