PUBLICIDADE

Chavismo quer revisar ''caracaço''

Por AFP
Atualização:

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu ontem uma revisão dos processos relativos a crimes cometidos em 1989 na jornada de protestos e violência que ficou conhecida como "caracaço". O pedido foi feito durante um ato para lembrar os 20 anos do episódio, que Chávez considera o marco inicial de sua "revolução boliviariana" e no qual morreram centenas de venezuelanos. "O Estado bolivariano deve fazer mais esforços na busca de justiça no que diz respeito a esses crimes", disse Chávez, num discurso após uma celebração religiosa ecumênica num bairro pobre no oeste de Caracas. Entre os que poderiam ser responsabilizados pelas mortes, Chávez mencionou o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que na época do caracaço era governador do Distrito Federal. O caracaço foi uma revolta popular contra um programa de ajustes econômicos promovido pelo então presidente, Carlos Andrés Pérez. Milhares de moradores de bairros pobres de Caracas e localidades próximas tomaram as ruas da capital em um ato que começou de forma pacífica, mas terminou em saques, vandalismo e choques com a polícia. Tratou-se de um dos fatos mais traumáticos da história venezuelana.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.