
30 de agosto de 2016 | 19h09
CARACAS - Centenas de militantes chavistas tomaram nesta terça-feira, 30, o centro de Caracas, em uma tentativa de mostrar unidade às vésperas de uma grande manifestação convocada pela oposição contra o governo de Nicolás Maduro. O ato foi convocado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para protestar contra uma suposta tentativa de golpe que estaria sendo tramada pela oposição. Sem apresentar provas, Maduro responsabilizou o partido Voluntad Popular, do opositor preso Leopoldo López, pela trama.
"O partido Voluntad Popular é o partido da violência golpista e está metido no golpe do dia 1º", disse o presidente. "Leopoldo López é um agente da CIA. Prenderemos seja quem for."
Outro líder chavista, o deputado Diosdado Cabello, homem forte do chavismo pediu união no bloco chavista. "O povo está na rua para manifestar seu amor a um projeto político e seu apoio ao presidente Maduro", disse. "Defenderemos a Constituição e a revolução bolivariana."
Ainda de acordo com Cabello, os chavistas pretendem ocupar as ruas até o protesto marcado pela oposição. Autoridades venezuelanas já disseram que não autorizarão a marcha da Mesa de Unidade Democrática (MUD). Segundo eles, o ato será violento.
O chavismo voltou a usar o golpe frustrado contra Chávez, em 2002, para criticar a oposição, que pede que o referendo revogatório do mandato de Maduro ocorra ainda este ano - única possibilidade prevista pela lei que implica a realização de novas eleições em caso de derrota chavista.
"É o mesmo roteiro, os mesmos autores e a mesma patranha contra a pátria", acrescentou Cabello. "O Departamento de Estado dirige um golpe contra o governo e o povo da Venezuela."/ EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.