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Chavista acusa mais um deputado opositor de participar de 'ataque' contra Maduro

Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, afirmou que o parlamentar Ismael García estaria envolvido no suposto atentado

Atualização:

CARACAS - O presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, acusou o deputado da oposição Ismael García de participar do suposto atentado contra o presidente Nicolás Maduro no início do mês. Durante programa televisivo, o político também classificou como "declaração de guerra" o pedido do presidente colombiano, Iván Duque, por eleições livres no país.

O presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, número dois do chavismo, participa de manifestação a favor de Maduro em Caracas. Foto: AP Photo/Ariana Cubillos - 13/08/18

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"Ainda há quem se deixe enganar por Ismael García? Ele é um traidor e está metido nesta conspiração", disse Cabello. "Eu disse esses dias quando me perguntaram: não é só Juan Requesens e Julio Borges". O presidente da Assembleia Constituinte, no entanto, não apresentou provas para suas acusações, apenas afirmou estar atrás de um suposto vídeo no qual García participava de um "exercício" em Bogotá. García ainda não se pronunciou sobre as acusações.

O número dois do chavismo também condenou os pedidos feitos pela Colômbia para novas eleições no país. Na terça-feira, 14, o presidente colombiano, Iván Duque, afirmou que o governo venezuelano deveria convocar novas eleições para a nação passar por uma "transição democrática" que permita aos venezuelanos "recuperarem seu país". Bogotá também afirmou que, se isso ocorrer, a Colômbia estará preparada para exercer um "papel importante" na "reconstrução" da Venezuela.

"Essa declaração do presidente da Colômbia é algo para o mundo ficar atentado. É praticamente uma declaração de guerra", disse Cabello, afirmando que "nem Duque nem a oligarquia colombiana irão meter um dedo na Venezuela".

Desde o dia do suposto atentado conduzido por drones carregados com explosivos, o governo chavista trata o incidente como uma tentativa de magnicídio contra o presidente Nicolás Maduro. A Assembleia Constituinte, presidida por Cabello e que assumiu, na prática, o Legislativo venezuelano, revogou a imunidade parlamentar de deputados opositores, como Juan Requesens, preso por agentes da inteligência do país sob a acusação de ter planejado o suposto ataque. 

A Justiça da Venezuela também emitiu pedido de prisão contra Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional e líder da oposição contra Maduro. Borges, exilado na Colômbia há vários meses, afirma que o ataque se trata de uma 'farsa' fabricada pelo governo para aumentar a repressão contra opositores do chavismo. //EFE

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