SAN JOSÉ - A ex-procuradora-geral da Venezuela, a chavista dissidente Luisa Ortega Díaz, acusou nesta segunda-feira, 28,o chavismo de contratar matadores de aluguel para assiná-la por denunciar casos de corrupção do governo do presidente Nicolás Maduro.
“Venho especificamente para denunciar à procuradoria da Costa Rica e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que estou sendo perseguida e o governo contratou capangas para acabar com a minha vida”, disse ela em San José. “O mesmo acontece com procuradores aqui na Costa Rica.”
Ela chegou nesta segunda-feira ao país centro-americano, que sedia a CIDH – braço para direitos humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A agenda dela no país não foi completamente divulgada.
Na semana passada, ela esteve no Brasil, depois de fugir da Venezuela para a Colômbia. Em Brasília, ela detalhou acusações de corrupção contra Maduro e o número dois do chavismo, o deputado constituinte Diosdado Cabello.
Segundo Ortega, seu objetivo é lançar uma “cruzada continental” para denunciar o chavismo. “Não é possível fazer Justiça na Venezuela, principalmente em casos de direitos humanos e corrupção”, concluiu.
O chavismo ainda não respondeu às acusações da dissidente. /AFP