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Chefe da ONU diz estar alarmado com escalada de violência na Síria

Atualização:

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, expressou preocupação no domingo com a piora da violência na Síria, incluindo o assassinato em massa de alauítas e o suposto uso de mísseis de longo alcance em território sírio, disse o porta-voz de Ban. "O secretário-geral está alarmado com a dramática e contínua escalada da violência na Síria ao longo dos últimos dias, e o grave perigo que os civis enfrentam nas áreas sob fogo", afirmou o porta-voz de Ban, Martin Nesirky, em comunicado. "Houve relatos extremamente preocupantes no início da semana de um assassinato em massa de civis na aldeia de Aqrab, perto de Hama, além da suspeita de disparos de mísseis de longo alcance em algumas áreas do país", disse. No incidente em Aqrab, até 200 membros da minoria alauíta, a qual o presidente Bashar al-Assad pertence, foram feridos ou mortos em um ataque contra seu vilarejo no centro da Síria, na terça-feira, informaram ativistas da oposição. O número de mortos ainda não era conhecido. Também houve relatos de que o governo sírio estaria usando mísseis Scud. O comandante norte-americano da Otan disse na sexta-feira que a aliança estava implantando o sistema anti-mísseis Patriot ao longo da fronteira norte da Síria, porque as forças de Assad tinham disparado mísseis Scud que caíram perto de território turco. "Os relatos de hoje do bombardeio aéreo, em meio à violência intensa, resultando em muitas baixas entre a população de refugiados palestinos no campo de Yarmouk, em Damasco, são uma questão de grande preocupação", afirmou. Ativistas disseram que caças bombardearam o acampamento Yarmouk, matando pelo menos 25 pessoas abrigadas em uma mesquita. Nesirky disse que Ban "apela a todas as partes para cessarem todas as formas de violência. O secretário-geral lembra a todos os envolvidos no conflito que a Síria deve cumprir as suas obrigações no âmbito do direito humanitário internacional para proteger os civis". O vice-presidente sírio, Farouq al-Sharaa, disse a um jornal libanês que nem as forças do presidente Bashar al-Assad nem os rebeldes podem ganhar a guerra na Síria. Essa é uma visão que diversas autoridades e diplomatas da ONU expressaram em particular à Reuters. O Conselho de Segurança da ONU tem sido incapaz de tomar qualquer ação significativa no conflito. Rússia e China, com poder de veto, recusam-se a condenar Assad ou apoiar sanções. O governo de Assad acusa Arábia Saudita, Catar, Turquia, Estados Unidos e outros governos ocidentais de apoiarem e armarem os rebeldes, uma acusação que os governos negam. (Reportagem de Louis Charbonneau)

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