WASHINGTON - O chefe da polícia do Capitólio dos EUA, Steven Sund, disse nesta quinta-feira, 7, que renunciará ao cargo a partir de 16 de janeiro, de acordo com uma carta citada por meios de comunicação. A decisão vem um dia após apoiadores do presidente Donald Trump invadirem o prédio, em um episódio que terminou com ao menos 4 mortes.
A renúncia de Sund foi solicitada pela Presidente da Câmara, Nancy Pelosi, depois que a força federal encarregada de proteger o Congresso foi incapaz de impedir os partidários de Trump.
Mais cedo, Sund disse que a polícia havia se planejado para uma manifestação pela liberdade de expressão, não para um ataque violento. Ele afirmou que o episódio foi diferente de tudo que experimentou em 30 anos de carreira.
De acordo com a agência Associated Press, três dias antes da invasão, o Pentágono perguntou à Polícia do Capitólio se a Guarda Nacional seria necessária. Durante o ataque, líderes do Departamento de Justiça ofereceram agentes do FBI. A polícia do Capitólio recusou as duas ofertas, de acordo com altos funcionários da defesa e duas pessoas familiarizadas com o assunto.
Ainda de acordo com a Associated Press, autoridades pretendiam evitar o uso da Guarda Nacional após a resposta à repressão violenta das forças de segurança contra os protestos de junho passado.
Os distúrbios e a perda de controle levantaram sérias questões sobre a segurança no Capitólio. As ações do dia também levantaram questões sobre um suposto tratamento especial aos apoiadores de Trump, majoritariamente brancos, que conseguiram vagar pelo prédio por horas, enquanto os manifestantes antirracistas do ano passado enfrentaram um policiamento robusto e agressivo. / AP e REUTERS