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Chefe de campanha de Donald Trump pede demissão

Nesta semana, reportagem do 'New York Times' apontou que Paul Manafort recebeu US$ 13 milhões de um partido pró-Rússia na Ucrânia; magnata republicano já havia reformulado sua equipe de campanha

Atualização:

NOVA YORK - Paul Manafort, chefe de campanha do candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta sexta-feira, 19, sua renúncia, dois dias depois de o empresário ter reformulado sua equipe para a reta final da corrida eleitoral.

"Esta manhã Paul Manafort me apresentou sua renúncia, e eu a aceitei", disse Trump em comunicado, no qual agradeceu o "grande trabalho" realizado por seu chefe de campanha durante ao longo do ano. "Sou grande apreciador do seu ótimo trabalho em nos ajudar a estar onde estamos hoje, e, em especial, seu trabalho nos guiando pelos processos de delegados e convenção. Paul é um verdadeiro profissional e desejo a ele o maior sucesso."

Paul Manafort, chefe de campanha de Donald Trump, pediu demissão durante eleição Foto: Eric Thayer/The New York Times

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A saída de Manafort acontece alguns dias depois de o jornal "The New York Times" ter relatado que o agora ex-chefe de campanha de Trump recebeu quase US$ 13 milhões de um partido pró-Rússia na Ucrânia durante um período de seis anos.

Trump reformulou sua equipe de campanha dois dias depois e Stephen Bannon, diretor de um veículo de imprensa conservador conhecido por defender seu estilo provocador, e Kellyanne Conway, que trabalhava como assessora e analista de pesquisas da candidatura, foram colocados na chefia.

De acordo com o "New York Times", os pagamentos a Manafort, feitos entre 2007 e 2012, aparecem em livros de contabilidade secretos do Partido das Regiões, do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, que estão sendo investigados pelo Departamento de Combate à Corrupção em Kiev.

O jornal nova-iorquino garantiu que entre as transações duvidosas há um acordo de US$ 18 milhões para vender ativos de uma emissora de televisão para um consórcio montado por Manafort e o oligarca russo Oleg Deripaska, aliado do presidente Vladimir Putin.

Manafort passou a fazer parte da campanha em março, três meses antes da demissão do até então responsável pela mesma, Corey Lewandowski, por suas relações "hostis" com a imprensa e o mal-estar de alguns membros do Comitê Nacional Republicano. / EFE, REUTERS e AFP

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