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Chefe de política externa da UE encontra líderes da Irmandade Muçulmana

Catherine Ashton viaja ao Egito e também se reúne com governo interino para pedir transição

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Por Redação
Atualização:

CAIRO - Figuras importantes da Irmandade Muçulmana, grupo do presidente deposto do Egito, Mohamed Morsi, vão se reunir com a chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, que visita o Cairo nesta quarta-feira, 17, disse o movimento islâmico.

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"Nós vamos nos encontrar com a sra. Ashton para expressar nossa posição sobre legitimidade e democracia, com a esperança de que ajudem a democracia e respeitem as escolhas feitas pelo povo egípcio", disse Mohamed Bishr, membro do conselho consultivo da Irmandade, à Reuters.

"Nós não somos contra reuniões com representantes de nenhum país para expressar a nossa posição em defesa da democracia e da legitimidade", acrescentou. O porta-voz da Irmandade, Gehad El-Haddad, disse que Ashton se reunirá com Bishr e Amr Darrag, que ocuparam altos cargos no governo Morsi.

Líderes da Irmandade não se reuniram com o subsecretário de Estado dos EUA, William Burns, que esteve no Egito no domingo e na segunda-feira. Segundo Bishr, eles não foram convidados.

Governo. Ashton também vai se encontrar com representantes do governo interino. "Vou ao Egito para reforçar nossa mensagem de que deve haver uma completa e inclusiva transição política, incluindo todos os grupos que apoiem a democracia", afirmou Ashton. "Vou reforçar que o Egito precisa voltar o mais rápido possível para a democracia."

Protestos. Os protestos contra o golpe de Estado continuam nesta quarta-feira. Milhares de partidários de Morsi saíram às ruas para pedir a volta dele ao poder.

No centro do Cairo, os manifestantes gritavam palavras de ordem do lado de fora de edifícios do governo. "Abaixo a ditadura militar" e "todos somos Morsi", dizem os manifestantes.

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Perto da Praça Tharir, houve confronto entre os partidários da Irmandade e a polícia, que colocou tanques para evitar a tomada da praça - palco dos protestos contra Morsi antes do golpe de Estado./ REUTERS

 

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