Chefe do Exército dos EUA pede mais 6 mil soldados por ano

De acordo com o general, no atual ritmo, "o componente ativo" vai desmoronar

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Por Agencia Estado
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O chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA, o general Peter Schoomaker, alertou nesta quinta-feira para a necessidade de acrescentar milhares de efetivos ativos às forças armadas para garantir sua sobrevivência e eficiência. Sem dar números exatos, Schoomaker ressaltou que seria necessário acrescentar de 6 mil a 7 mil soldados por ano ao Exército e flexibilizar o uso dos efetivos da Guarda Nacional e da reserva para enfrentar os desafios atuais. O general depôs numa audiência no Congresso e alertou que, se forem mantidas as operações no exterior dos últimos cinco anos, o Exército pode chegar ao fundo do poço. No atual ritmo, "o componente ativo" vai desmoronar, a não ser que o Exército possa recorrer com mais facilidade às reservas, ressaltou. No momento, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, estuda uma revisão da estratégia no Iraque para reconduzir o conflito e conter a onda de violência que afeta o país. Ele está avaliando muitas alternativas, inclusive um reforço para os cerca de 150 mil homens postados em território iraquiano. Segundo Schoomaker, o possível reforço precisaria de uma razão e uma meta concretas que, na sua opinião, "deveriam ser mensuráveis". O presidente consultou os comandantes militares nesta quarta-feira, num encontro no Pentágono. Ele ouviu as queixas de "necessidades de pessoal", entre outras, disse hoje o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, ao comentar as declarações do general Schoomaker. É verdade que há "preocupações" mas "o presidente está ouvindo" seus comandantes militares e tomando nota do que eles têm a dizer, não só em relação com o Iraque, mas também sobre orçamentos e preparativos para o próximo ano, acrescentou.

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