Chefe humanitário da ONU condena ataques no Líbano

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 600.000 pessoas foram deslocadas pelas hostilidades

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Por Agencia Estado
Atualização:

O principal responsável pela ajuda humanitária das Nações Unidas, Jan Egelund, condenou os ataques aéreos israelenses que devastaram Beirute e o sul do Líbano, e pediu que seja aberta uma passagem livre para ajuda à população civil, afirmando que os civis pagam um "preço desproporcional" nos ataques que têm como alvo redutos da guerrilha Hezbollah. Egeland inspecionou pessoalmente a destruição no sul de Beirute - uma área de maioria xiita, que recebeu o grosso dos bombardeios. Israel bombardeou a área horas antes da chegada de Egeland, e voltou a atacar após a partida do representante da ONU, no primeiro bombardeio diurno em vários dias. "É terrível. Vejo muitas crianças feridas, sem teto, sofrendo. Esta é uma guerra na qual civis pagam um preço desproporcional, no Líbano e no norte de Israel. Eu não acreditava que veria quarteirão após quarteirão, nivelados no chão", declarou. "Uma resposta desproporcional de Israel e uma violação da lei internacional". Elgeand disse que as nações Unidas lançarão uma operação de alívio das condições da população nos próximos dias, mas advertiu que as frotas de caminhões e navios que trarão suprimentos precisarão de estradas abertas e segurança. Ele disse que a ONU fará um pedido formal de doações para socorrer o Líbano na segunda-feira. "Será um pedido grande, mais de US$ 100 milhões", afirmou. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 600.000 pessoas foram deslocadas pelas hostilidades. O ministro libanês das Finanças, Jihad Azour, falando à rede de TV Al-Arabiya, estimou o total de desabrigados e refugiados em 750.000, quase 20% da população total do país, de 4 milhões.

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