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Chefe paramilitar colombiano nega contatos com CIA

Por Agencia Estado
Atualização:

O chefe paramilitar Salvatore Mancuso negou nesta segunda-feira ter mantido contatos com funcionários da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos. O jornal El Espectador afirmou no domingo que agentes da CIA tentaram negociar diretamente com os comandantes das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), Carlos Castaño e Mancuso, sua entrega às autoridades americanas e a transferência de suas famílias para território americano. Em contrapartida, os chefes da organização de extrema direita, cuja extradição está sendo requerida pelos EUA por acusações de narcotráfico, deveriam revelar dados sobre rotas utilizadas no transporte de drogas, modalidades de lavagem de dinheiro e nomes dos novos chefes do comércio ilegal. "De minha parte, não houve nenhum contato direto com a CIA e muito menos com o Departamento de Estado", disse Mancuso à Associated Press. O chefe militar das AUC explicou que os funcionários americanos não podem reunir-se com dirigentes de organizações consideradas terroristas pelo governo dos EUA, como é o caso dos paramilitares colombianos. Tanto as AUC como as duas principais guerrilhas esquerdistas do país, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), estão na lista das organizações terroristas do Departamento de Estado. No entanto, Mancuso disse ser razoável que a CIA queira informações sobre a visão dos chefes paramilitares sobre o conflito armado colombiano. Ele assegurou que estaria disposto a dialogar com emissários do governo americano se eles solicitassem.

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