Chefes de Defesa na Otan pedem mais tropas no Afeganistão

Ministros concordam em pedir 3,4 mil soldados após 3 terem morrido em confrontos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Ministros da Defesa de nações da Otan e de outros aliados encontraram-se na última quinta-feira, 12, em Quebec e concordaram em pedir um novo batalhão de 3,4 mil recrutas para a polícia afegã e Forças Armadas, aumentando em até um décimo as tropas militares internacionais no local. O secretário de Defesa americano, Robert Gates, disse que as discussões se focaram em "aumentar a capacidade do exército e da polícia do Afeganistão. Gates disse que os ministros discutiram se as nações européias que não se comprometeram a enviar tropas de combate para o Afeganistão deveriam colaborar. Citou as tropas enviadas para Kosovo como exemplo. A Otan afirmou nesta sexta-feira, 13, ter provocado 35 baixas entre o exército taleban, em um combate no norte da província afegã de Helmand, e anunciou a perda de três soldados nas últimas 24 horas, durante enfrentamentos no sul e no leste do país. Em comunicado, a Otan afirmou que suas forças e as do Exército afegão travaram um combate de cinco horas com os talebans, no distrito de Sangin, em Helmand, situado próximo ao centro do Afeganistão. Há cerca de um mês e meio, a Otan e o Exército afegão lançaram a "Operação Aquiles" contra os talebans, que permaneceram firmes no norte de Helmand. O objetivo da ação era proteger a construção de uma represa que fornecerá energia a 1,8 milhão de habitantes do sul do país. Segundo um porta-voz aliado, "os poucos talebans que ficaram têm duas opções: reconciliar-se com o governo afegão ou serem eliminados", ameaçou. A Força Internacional de Assistência para a Segurança (Isaf), comandada pela Otan, informou nesta sexta-feira sobre a morte de um soldado durante um enfrentamento no sul do país, no qual outros dois militares foram feridos. A Isaf não especificou onde ocorreu o combate. Ainda de acordo com a Isaf, dois soldados da Força morreram e um ficou ferido ontem, em dois ataques com explosivos contra comboios militares no leste do Afeganistão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.