CABUL - Chegou a 600 o número de soldados da coalizão internacional mortos no Afeganistão neste ano, constatou nesta segunda-feira, 25, o site independente iCasualties.org. A marca reitera 2010 como o ano mais sangrento para as tropas internacionais desde 2001, quando foi iniciada a invasão que derrubou o regime Taleban.
De acordo com o site, que mantém uma contagem detalhada, desde a queda do regime Taleban mais de 2.169 soldados das Forças americanas e da missão Isaf da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) perderam a vida no Afeganistão. Segundo a apuração, morreram 1.348 soldados americanos, 341 britânicos, 152 canadenses e 328 de outros países. Em 2009, o ano mais sangrento até então, morreram 516.
Os taleban, que marcaram presença em grandes áreas do país nos últimos anos, buscam tanto a expulsão das tropas estrangeiras como a derrocada do governo de Hamid Karzai para proclamar um regime fundamentalista islâmico.
Embora a Otan apoie o processo de diálogo iniciado pelo governo afegão com o movimento rebelde através do recém criado Conselho de Paz, deixou claro que, por enquanto, não freará suas operações militares no país.
O comandante das tropas estrangeiras no Afeganistão, David H. Petraeus, assegurou na semana passada que as operações militares contra a insurgência na província de Kandahar, reduto dos insurgentes, estão perto do fim.
Com 150 mil soldados no Afeganistão, a Isaf e a coalizão americana assumiram o desafio de enfraquecer os insurgentes antes de julho de 2011, data marcada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para o início da retirada militar do país.