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Chegam a 106 os mortos em explosão em mina russa

Foram resgatados com vida 93 trabalhadores; quatro continuam desaparecidos

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelo menos 106 mineiros morreram na explosão causada por gás metano de uma mina de carvão em uma remota parte da Sibéria, no leste da Rússia, na segunda-feira, 19. As equipes de socorro resgataram vivos outros 93 trabalhadores na mina Ulyanovskaya, onde aconteceu o acidente. Quatro pessoas continuam desaparecidas. Aman Tuleyev, governador de Kemerovo, região onde se encontra a mina, comunicou que entre os mortos há um britânico, empregado de um banco que financiava as atividades na mina. "Ele tinha iso ao local para avaliar as reservas de carvão e conhecer o funcionamento da mina", explicou. Acredita-se que um total de 200 mineiros estavam na mina, na região de Kemerovo, no momento da explosão, ocorrida por volta das 10h30, hora de Moscou (4h30, hora de Brasília), supostamente por acúmulo de gás metano. Por ordem expressa do presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ministro de Emergência, Serguei Shoigu, foi a Kemerovo. A procuradoria local enviou um grupo de investigadores para esclarecer as circunstâncias do acidente. A mina começou a ser explorada em outubro de 2002, produz mais de 2 milhões de toneladas de carvão ao ano e é considerada uma das mais modernas do consórcio Yuzhkuzbassugol. A exploração conta com equipamentos britânicos e alemães e acabava de estrear um sistema de segurança para medir a composição do ar e o nível de metano. Segundo a gerência da companhia, momentos antes da explosão os detectores de gás, que funcionavam pela primeira vez, alertaram para uma grande e brusca concentração de metano nas galerias, mas não houve tempo para retirar o pessoal. "O mais provável é uma expulsão simultânea de gás metano e de mineral", opinou o presidente do Sindicato dos Mineiros da Rússia, Ivan Mojnachuk. As minas na Rússia apresentam graves problemas de segurança. Uma explosão causada por metano em 2005 matou 21 trabalhadores do setor na mesma região. Texto atualizado às 6h52

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