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Cheney chega Omã para discutir impasse com o Irã

O sultanato de Omã, aliado militar dos EUA, fica de frente para o Irã, do outro lado do Estreito de Ormuz, por onde passa 40% de todo o petróleo do mundo

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, chegou ao reino de Omã, uma monarquia aliada aos EUA no Oriente Médio, e dirigiu-se diretamente para uma reunião com o chanceler local, informam autoridades do governo. Um porta-voz da embaixada americana em Omã evitou detalhar os temas que serão tratados por Cheney, mas um representante do governo omaniano, que pediu para não ser identificado, disse que o vice de Bush deveria discutir a segurança na região, incluindo o impasse nuclear envolvendo o Irã, com o ministro de Relações Exteriores Yousuf bin Alawi bin Abdullah. Omã fica de frente para o Irã, do outro lado do Estreito de Ormuz, por onde passa 40% de todo o petróleo do mundo. Um representante do governo omaniano afirmou que Bin Alawi pedirá apoio americano para a retomada do processo de paz entre palestinos e israelenses. A parada de Cheney em Omã veio depois de ele deixar a Austrália e fazer uma pequena parada em Cingapura, para reparos em seu avião. Omã, um país isolado na extremidade sudeste da Península Arábica, tem sido um discreto aliado militar dos EUA nas últimas décadas. A parada de Cheney poderá ser vista como uma tentativa americana de aumentar a pressão militar sobre o Irã, antes de uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que discutirá um agravamento das sanções contra Teerã. O sultanato permite que os EUA usem quatro bases aéreas para reabastecimento, logística e armazenagem de suprimentos. Há pouca informação sobre os laços militares entre os dois países, um tema sensível entre a população da monarquia. A visita a Omã é a segunda de Cheney no cargo de vice-presidente. Em 2002, ele passou por instalações americanas na Base Aérea da Ilha Masirah, que abrigou aviões militares durante a guerra no Afeganistão. A cooperação militar omaniana com os EUA parece ter se reduzido recentemente, mas um novo acesso americano às bases seria uma importante vantagem para ações no Irã.

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