Cheney promete julgamento de David Hicks o mais rápido

Australiano está detido há mais de cinco anos em Guantánamo

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, afirmou neste sábado que o australiano David Hicks, detido na base de Guantánamo (Cuba) há mais de cinco anos sem ter sido formalmente acusado, será julgado o mais rapidamente possível. Cheney, que conclui neste sábado sua visita oficial de dois dias à Austrália, disse em entrevista coletiva em Sydney que Hicks, conhecido como o "taleban australiano", "foi acusado e o Departamento de Defesa está agora decidindo se uma comissão militar pode ser criada para julgar o seu caso". No início de fevereiro, a corte marcial especial encarregada do caso propôs as acusações de apoio ao terrorismo, tentativa de assassinato e conspiração. As acusações serão analisadas pela autoridade militar americana, que tem que emitir uma resolução num período de 30 dias. Se for positiva, abrirá um prazo de 120 dias para apresentar uma acusação formal e poder processar Hicks. Antes da entrevista coletiva, Cheney manteve uma reunião de uma hora e meia com o primeiro-ministro australiano, John Howard, que ressaltou que não sente nenhuma compaixão por Hicks, mas explicou que a Austrália se preocupa com a longa detenção. "Pedi que o julgamento comece assim que for possível e que não se atrase mais", disse Howard. Anúncios de televisão emitidos pela organização progressista GetUp, com financiamento particular, exigem o retorno imediato de Hicks para que seja julgado na Austrália. Cheney garantiu que Hicks "se encontra entre os primeiro da fila" e ressaltou que não pode influir no processo judicial, o que "seria uma violação".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.