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Cheney será testemunha da defesa no caso da espiã Plame

Ex-jornalista do The New York Times, Judith Miller, e chefe da delegação em Washington da CNN, Tim Russert, devem ser testemunhas da acusação

Por Agencia Estado
Atualização:

O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, será citado como testemunha da defesa no "caso Plame", relacionado ao vazamento para a imprensa do nome da ex-espiã da CIA Valerie Plame, informou na segunda-feira a rede de televisão CNN. Os advogados de Lewis "Scooter" Libby, ex-assessor de Cheney que foi acusado no ano passado de perjúrio e obstrução à Justiça por este caso, pediram na segunda-feira o comparecimento de Cheney em uma audiência prévia ao início do julgamento contra seu cliente. "Chamaremos o vice-presidente", anunciou o advogado Ted Wells, que representa Libby. "Não esperamos que ele se recuse", disse o seu colega William Jeffries. O promotor Patrick Fitzgerald afirmou na semana passada que não esperava que a Casa Branca ou Cheney se negassem a comparecer, caso fossem chamados para testemunhar no julgamento de Libby, que começará em janeiro. Libby foi acusado de mentir para os investigadores sobre suas conversas com os jornalistas sobre Plame, cuja identidade foi revelada à imprensa pouco depois que seu marido, o ex-embaixador Joseph Wilson, acusou o governo americano de utilizar falsos pretextos para começar a guerra no Iraque. Outros funcionários governamentais e importantes jornalistas devem ser chamados para depor no julgamento. Espera-se que a ex-jornalista do jornal The New York Times Judith Miller e o chefe da delegação em Washington da rede de televisão CNN, Tim Russert, sejam testemunhas da acusação. Uma porta-voz do vice-presidente insistiu que Cheney cooperou totalmente com a investigação. "Como já afirmamos antes, não vamos fazer comentários sobre um processo judicial", acrescentou.

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