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Chile não apresentará nova proposta de reforma a estudantes

Governo quer negociar programa já apresentado, mas manifestantes insistem que projeto é 'insuficiente'

Atualização:

Protesto na noite da terça-feira em Valparíso, no centro do Chile

 

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SANTIAGO - O governo do Chile anunciou nesta quarta-feira, 10, que não entregará uma nova proposta de reforma da educação, conforme exigem estudantes e professores, informou a agência de notícias AFP. Em vez disso, as autoridades ofereceram um plano alternativo de aulas para aqueles que não querem perder o ano escolar, já que os manifestantes estão em greve.

 

Veja também:mais imagens GALERIA: Os enfrentamentos em Santiago

 

"Já temos a proposta e esperamos que os estudantes possam sentar com as autoridades, os parlamentares, para poder ver como podemos seguir adiante e complementar a proposta", disse o porta-voz do governo, Andrés Chadwick. Os estudantes, porém, rejeitaram a oferta.

 

Os manifestantes, que saíram às ruas mais uma vez na terça-feira, esperavam até a tarde desta quarta a resposta do governo para suas demandas, que incluem o estabelecimento de um sistema de educação gratuita e de qualidade para todos que não podem pagar por isso.

 

Chadwick disse que o governo pretende criar um grupo para negociar sobre duas propostas feitas aos estudantes há algumas semanas, classificadas como "insuficientes" pelo movimento estudantil - o Grande Acordo Nacional, que prevê mais fundos para a educação, e um programa de 21 pontos. Caso não haja diálogo, disse o porta-voz, os projetos serão levados ao Congresso.

 

Durante mais de dois meses de mobilização, os estudantes realizaram várias marchas por todo o Chile reunindo milhares de pessoas. A maioria destas passeatas, porém, foi marcada por incidentes violentos e enfrentamentos com a polícia. No último desses casos, quando cerca de 60 mil pessoas se manifestaram em Santiago, 396 indivíduos acabaram presos e 78 ficaram feridos.

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