06 de junho de 2014 | 09h46
Lobsang Sangay disse à Reuters nesta quinta-feira ter esperanças de que o presidente chinês, Xi Jinping, retomaria as conversas formais e aliviaria o tratamento da China em relação ao Tibete.
Mas os comentários mais duros do que o normal do porta-voz da diplomacia chinesa, Hong Lei, sugeriram que as chances de isso acontecer são remotas.
“A pessoa referida é 100 por cento separatista. Ele é um líder do chamado governo exilado tibetano. Ele nunca fez uma coisa boa sobre a questão do Tibete”, disse Hong em uma coletiva.
O governo exilado tibetano, liderado por Sangay, é ilegal sob a lei chinesa por buscar separar o Tibete da China, buscando sua independência, e não é reconhecido por nenhum país, acrescentou Hong. “As pessoas só podem dar risada da difamação dele sobre a situação do Tibete”.
Sangay fez seus comentários antes do lançamento de uma campanha publicitária global para persuadir governos em todo o mundo a pressionarem a China para retomar o diálogo e mudar sua política em relação ao Tibete.
A China tem comandando o Tibete desde 1950, quando tropas comunistas entraram na região e anunciaram sua “libertação pacífica”. Milhares de pessoas, incluindo o líder espiritual Dalai Lama, fugiram para o exílio na Índia após um fracassado levante contra o governo chinês poucos anos depois.
Tibetanos dizem não estar buscando independência, apenas uma autonomia maior sob a constituição chinesa. A China diz não acreditar neles.
“A independência tibetana não é aceitável, nem sua meia-independência, nem sua independência secreta”, disse Hong.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.