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China admite obstáculos, mas defende diálogo entre Trump e Kim

Ministro das Relações Exteriores chinês recebeu visita de chanceler norte-coreano e reiterou disposição de Pequim para desempenhar ‘papel construtivo’ nas negociações entre EUA e Coreia do Norte

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Por Redação
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PEQUIM - A China reconheceu que existem dificuldades "inevitáveis" nas negociações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, mas pediu que as duas partes sejam "pacientes" e continuem o diálogo para buscar uma solução política.

Donald Trump (E) e Kim Jong-un se cumprimentam em hotel de Hanói na abertura da segunda cúpula entre os dois Foto: Saul LOEB / AFP

"As dificuldades são inevitáveis, já que as negociações entre Coreia do Norte e EUA tocaram em assuntos profundamente enraizados", afirmou o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, em entrevista para a agência estatal de notícias "Xinhua", após encontro com o vice-chanceler norte-coreano, Ri Kil-Song. A visita oficial do norte-coreano a Pequim coincidiu com o final abrupto da cúpula entre o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, em Hanói, devido a uma discordância na negociação para a desnuclearização da península. Apesar da incerteza no futuro do processo de distensão, Pequim reiterou sua disposição em seguir desempenhando um "papel construtivo" no processo de diálogo. "A China espera que a Coreia do Norte e os Estados Unidos consigam consolidar a confiança, permanecer pacientes, continuar as conversas, encontrar-se no meio do caminho e fazer incansáveis esforços para alcançar o objetivo", acrescentou o chanceler chinês. Em relação ao seu encontro com o vice-ministro norte-coreano, Wang explicou que China e Coreia do Norte estão preparando a celebração da comemoração do 70º aniversário do estabelecimento das suas relações diplomáticas. O objetivo, ele acrescentou, é implementar o consenso alcançado por Kim e pelo presidente chinês Xi Jinping e fortalecer suas relações de amizade "para um novo nível". Nos últimos dias, as autoridades chinesas se recusaram a comentar sobre uma possível parada na China de Kim durante sua viagem de volta à Coreia do Norte em um trem blindado para se encontrar com Xi e informá-lo dos resultados de seu encontro com Trump. / EFE

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