China amplia capacidade militar com porta-aviões e satélites

Poder bélico chinês gera preocupação entre países da região do mar do Sul da China

PUBLICIDADE

Atualização:

País tem adotado posição mais agressiva e executado terinamentos militares com mais frequência

 

  

  

 

PUBLICIDADE

 

 

PEQUIM - A China deve iniciar nas próximas semanas os testes do seu primeiro porta-aviões, e está desenvolvendo satélites mais avançados, segundo relatos surgidos na terça-feira, 12, que geram preocupações acerca do poderio militar chinês em meio a disputas no Mar do Sul da China. Pequim tem ampliado seus gastos militares nos últimos anos, ao substituir equipamentos ultrapassados e apresentar novas tecnologias de ponta, como um protótipo de avião "invisível" e poderosos mísseis balísticos. Seu primeiro porta-aviões, adaptado a partir de um navio adquirido em 1998 da Ucrânia, deve ser usado principalmente para fins de treinamento, segundo um jornal estatal, mas é possível que outras unidades estejam sendo construídas. Fontes políticas e militares da China dizem que o porta-aviões pode ser inaugurado neste ano, quando o Partido Comunista celebra 90 anos da sua existência. De acordo com o jornal China Daily, publicado em inglês, o porta-aviões Varyag "começará os testes marítimos iniciais provavelmente no final deste mês, no começo de agosto ou mais tarde neste ano". "É incerto quando o Varyag se tornará operacional e onde ficará baseado." O jornal também cita, sem entrar em detalhes, os "rumores" sobre a construção de outro porta-aviões em Xangai. Analistas dizem que, em termos práticos, a Marinha chinesa provavelmente levará anos para montar uma frota eficaz de porta-aviões para atuar nos mares asiáticos, que desde a Segunda Guerra Mundial são domínio praticamente exclusivo dos EUA. O custo de um porta-aviões de porte médio e propulsão convencional, semelhante ao da classe russa Kuznetsov, de 60 mil toneladas, pode superar os 2 bilhões de dólares. A China provavelmente iria adquirir pelo menos dois, segundo fontes. Nas últimas semanas, a China adota uma postura mais agressiva no mar do Sul da China, onde há anos existem disputas territoriais envolvendo Taiwan e várias nações do Sudeste Asiático. A China também tem trabalhado em um míssil balístico que poderia representar uma séria ameaça a porta-aviões mantidos pelos EUA nos arredores de Taiwan, ilha autônoma, protegida por Washington, que Pequim considera ser parte do seu território.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.