China ampliará uso de reservas de divisas

A afirmação doi feita pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao

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Por Agencia Estado
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A China estenderá o uso de suas reservas de divisas, as maiores do mundo com um valor US$ 1,06 trilhão, assegurou o primeiro-ministro, Wen Jiabao, em uma conferência sobre estratégia financeira realizada no fim de semana. Segundo disse ao site do Governo, Wen reconheceu que seu país ainda enfrenta vários problemas financeiros, como "um sistema pouco saneado, uma estrutura irracional, uma gestão corporativa imperfeita, uma piora do balanço de pagamentos e muitos riscos potenciais". "Devemos dar grande importância (a estes problemas) e adotar medidas contundentes para solucioná-los", apontou ontem na conclusão da reunião, realizada a cada cinco anos. A conferência não deparou nenhuma surpresa e se limitou a escorar as reformas anunciadas com insistência pelo Governo nos últimos meses. Entre elas, está resolver os problemas envolvendo o Banco de Construção da China, o Banco da China e o Banco Industrial e Comercial da China, os três grandes bancos estatais que têm ações na Bolsa, mas que enfrentam questões sérias como os empréstimos fracassados e a corrupção. Além disso, será acelerada a reforma acionária do quarto desses bancos, o Banco de Agricultura da China, a fim de atender às exigências financeiras das províncias rurais, afastadas do vertiginoso crescimento do país. Apenas 60% dos 120 milhões de famílias rurais têm acesso aos empréstimos bancários, de acordo com dados oficiais divulgados neste sábado pelo "China Daily", e entre as medidas para solucionar este problema está a abertura de filiais bancárias nessas regiões. A reunião decidiu também que o Banco de Desenvolvimento da China, um dos três bancos encarregados de realizar as políticas do país, será o primeiro a se abrir às operações comerciais, antes do Banco de Exportações e Importações e o Banco de Desenvolvimento Agrícola. Wen ressaltou outras prioridades e acordos, como facilitar a "competição justa" entre instituições financeiras nacionais e estrangeiras e "otimizar a gestão das empresas de seguros, bancárias e de valores". Esta foi a terceira reunião deste tipo organizada pelo Governo chinês.

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