China analisa acidente aéreo com avião dos EUA

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Por Agencia Estado
Atualização:

Generais do Exército e da Força Aérea da China convocaram hoje uma reunião de emergência para estudar a resposta de Pequim a Washington pelo incidente ocorrido ontem no espaço aéreo chinês, quando um avião de reconhecimento americano colidiu com um caça chinês durante vôo sobre o Mar do Sul da China. A reunião acontece na ilha de Hainan, onde a aeronave americana precisou executar um pouso de emergência, sem permissão das autoridades chinesas, no aeroporto Lingshui de Hainan. De acordo com fontes militares americanas, o EP-3 teria sido seguido por dois caças-bombardeiros chineses e, nas manobras para desvencilhar-se, teria acontecido a colisão com um deles, enquanto o outro se afastava. O incidente acirrou os ânimos entre os governos de Washington e Pequim. Os americanos insistem que, no momento da colisão, o EP-3 "se encontrava no espaço aéreo internacional", realizando um vôo de observação de rotina. Já o Ministério das Relações Exteriores da China afirma que os caças voavam a 10 km da ilha de Hainan, quando o avião americano "repentinamente mudou de direção" e colidiu com um deles. Num comunicado, a Chancelaria anunciou ter feito um "protesto solene" e que "irá buscar a reparação dos danos". O governo dos EUA salientou que "espera que a China devolva o EP-3 e preserve a integridade dos seus 24 tripulantes". "É a nossa expectativa. A devolução é o procedimento de praxe e esperamos que eles não fujam à regra", declarou Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca. O governo chinês garante que os 24 tripulantes do EP-3 estão bem, e que o avião chinês e seu piloto ?estão desaparecidos?. O incidente ocorreu num momento em que as relações entre os dois países estão estremecidas por causa dos planos americanos de criar um novo sistema de defesa antimísseis. A China já se pronunciou contra a medida, dizendo que ela "pode desencadear uma nova corrida armamentista".

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