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China aumenta restrições ao acesso à internet

Usuários são obrigados a se registrar com 'informações genuínas' de cadastro, e posts 'ilegais' podem ser deletados.

Por BBC Brasil
Atualização:

A China aumentou nesta sexta-feira as restrições ao acesso à internet, exigindo que usuários se identifiquem perante os provedores e legalizando a eliminação de posts ou páginas com "informação ilegal". As medidas são parte de um pacote que, segundo a agência estatal Xinhua, têm como objetivo "aumentar a proteção de informações pessoais e resguardar interesses públicos e a segurança nacional". Mas críticos dizem que o objetivo do governo é limitar a liberdade de expressão, num país em que comumente sites são bloqueados e conteúdos monitorados. O anúncio desta sexta é visto como indicativo de que a recém-escolhida nova liderança chinesa vê a internet como uma ameaça. Em meses recentes, a web e mídias sociais foram usadas para organizar protestos, e casos de corrupção dentro do Partido Comunista foram expostos por indivíduos em páginas da internet. 'Identificação genuína' As novas medidas formalizam uma regra que exige que usuários que se cadastrem para acessar a internet forneçam a seus provedores "informações genuínas de identificação", informa a Xinhua. Esse registro de "nome verdadeiro" vigora desde 2011, mas até agora não vinha sendo completamente implementado. E provedores também serão forçados a "imediatamente interromper a transmissão de informações ilegais assim que estas sejam identificadas", apagando posts, mas arquivando-os para "reportá-los às autoridades supervisoras". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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