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China cancela compra de arroz da Tailândia

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A China cancelou um acordo para a compra de mais de 1 milhão de toneladas de arroz da Tailândia em razão de uma investigação dos subsídios do governo tailandês aos produtores do grão, complicando ainda mais a situação da premiê Yingluck Shinawatra . O ministro do Comércio da Tailândia, Niwattumrong Boonsongpaisan, disse em coletiva de imprensa nesta terça-feira que a empresa estatal chinesa Pei Ta Huang rescindiu o contrato para a compra de 1,2 milhão de toneladas de arroz por temer que haja problemas em razão de uma investigação feita pela Comissão Nacional Anticorrupção da Tailândia. No mês passado, a comissão formalizou uma acusação contra ex-ministros do gabinete e alguns funcionários do governo envolvidos nas negociações para a venda de arroz a duas empresas estatais chinesas, que era parte de acordos entre os governos. A agência também investiga Yingluck por negligência, já que ela é a presidente do Comitê Nacional de Políticas para o Arroz. Críticos dizem que a política de comprar arroz de produtores pagando acima dos valores de mercado resultaram em perdas acumuladas de pelo menos US$ 4,46 bilhões e que a prática tem sido marcada pela corrupção. As perdas do programa e a suposta falta de transparência são algumas das reclamações dos manifestantes contrários ao governo. As semanas de protestos nas ruas levaram a premiê a dissolver o Parlamento e convocar eleições, realizadas no domingo. Dez pessoas foram mortas e cerca de 600 ficaram feridas desde o início das manifestações. O arroz é a base da alimentação na Tailândia, que é um dos principais exportadores do mundo do grão. Índia e Vietnã ultrapassaram a Tailândia no ranking de principal exportador em 2012, pois o governo tailandês decidiu estocar o produto para evitar maiores perdas. O governo não tem conseguido manter os pagamentos aos produtores e nas últimas semanas milhares de pessoas têm bloqueado as principais estradas de províncias agrícolas em protesto. Niwattumrong disse que o governo vai tentar vender mais de seu estoque do grão para resolver o problema do atraso no pagamento aos agricultores. "Por favor, não se preocupem. O Ministério do Comércio está fazendo o que pode", afirmou Niwattumrong. Fonte: Associated Press.

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