
16 de dezembro de 2013 | 11h32
Meios de comunicação estatais divulgaram poucos detalhes do incidente. A polícia de Shufu disse não ter informações sobre o ataque e o governo de Kashgar não respondeu a pedidos de comentário sobre o caso enviados por fax.
A Xinhua citou fontes não identificadas que disseram que um grupo de pessoas atirou artefatos explosivos contra a polícia e em seguida atacou os oficiais com facas, quando a polícia fazia buscas a um suposto criminoso. Em resposta, a polícia matou a tiros 14 das pessoas que participaram do ataque.
O portal oficial da região, o Tianshan Net, disse que "vários bandidos" jogaram explosivos na noite de domingo contra os oficiais, que procuravam suspeitos, e os atacaram com facas.
Esse episódio aconteceu um mês depois de um ataque contra uma delegacia de polícia na cidade de Selibuya, chamada de Siriqbuya na língua uigur - localizada a leste de Kashgar. Onze pessoas, dentre elas nove atacantes e duas pessoas que trabalhavam com a polícia, foram mortas, segundo dados do governo.
Os ataques refletem os desafios das autoridades em Xinjiang, região onde a maior parte da população é uigur - uma minoria de origem turcomena que habita a região há muito tempo -, mas onde cresce o número de chineses da etnia Han, que chegaram à região estimulados pelo governo e em busca de oportunidades.
Grandes partes de Xinjiang estão sob bloqueio desde julho de 2009, quando ocorreram confrontos na capital regional, Urumqi, que deixaram cerca de 200 mortos, num dos piores confrontos étnicos da região.
Desde então, as autoridades têm priorizado o crescimento econômico na região, o que, segundo moradores, aumentou a quantidade de chineses Han na área. Cada vez mais o governo afirma que os tumultos em Xinjiang têm origem em grupos extremistas externos, que operam no vizinho Paquistão e em outros países.
Xinjiang tem importância estratégica para a China como porta de entrada para os países ricos em recursos da Ásia Central. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.
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