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China critica relatório americano sobre direitos humanos

"A China expressa forte insatisfação e firme oposição à acusação dos EUA em seu relatório sobre o sistema social e judicial chinês, políticas étnicas e religiosas, e a situação dos direitos humanos"

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo chinês expressou nesta segunda-feira seu descontentamento com um relatório apresentado pelo Congresso dos Estados Unidos no qual se afirma que a situação dos direitos humanos na China piorou consideravelmente no último ano. "A China expressa sua forte insatisfação e sua firme oposição à acusação dos Estados Unidos em seu relatório sobre o sistema social e judicial chinês, as políticas étnicas e religiosas, e a situação dos direitos humanos", afirmou nesta segunda-feira Qin Gang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, citado pela agência oficial Xinhua. Qin afirmou que o conteúdo do documento é "sem fundamento", repetindo a afirmação feita sobre outro relatório similar apresentado pelos Estados Unidos na semana passada sobre a repressão religiosa na China. A Comissão Executiva sobre a China no Congresso dos EUA afirmou na quarta-feira que, embora o governo chinês tenha realizado grandes esforços para criar um sistema legal e tirar milhões de cidadãos da pobreza, cresce o abismo entre a abertura econômica e as liberdades Individuais. "O abismo entre as desejadas liberdades econômicas e as reprimidas liberdades políticas é significativo", afirmou Chuck Hagel, senador responsável da Comissão. John Kamm, fundador e presidente da Fundação Dui Hua, uma ONG que luta para a libertação dos presos políticos chineses, expressou sua preocupação com o fato de o governo chinês ter rompido o diálogo no último ano. "O governo chinês decidiu fechar esta via. O ministério da Justiça me disse que não se reuniriam mais conosco a menos que deixemos de publicar nomes e apresentar listas, algo que não posso ceder", afirmou Kamm. A organização consegue libertar vários presos políticos chineses a cada vez que algum líder ocidental visita o país asiático, como foi o caso da ativista Uigur Rebiya Kadeer, candidata ao Prêmio Nobel da Paz deste ano.

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