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China denuncia 'desastre humanitário' na Líbia

Atualização:

A China alertou sobre um "desastre humanitário" na Líbia e expressou "profunda preocupação" com relatos de baixas civis nesta terça-feira, renovando pedidos pelo fim dos combates no país do norte da África. A China "se opõe a causar ainda mais baixas civis através do uso de forças armadas", disse Jiang Yu, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, a jornalistas. "Novamente conclamamos todas as partes a observar um cessar-fogo imediato." "Vimos relatos de como o uso da força armada está causando baixas civis, e nos opomos ao uso leviano desta força que leva a mais baixas civis e mais desastres humanitários", disse. As potências ocidentais iniciaram os ataques contra a Líbia no final de semana em uma campanha sancionada pela ONU tendo como alvo as defesas aéreas, a aplicação de uma zona de exclusão aérea e a proteção de civis contra as forças de Muammar Gaddafi. Jiang não disse de forma direta se os ataques aéreos à Líbia violam a resolução do Conselho de Segurança da ONU. Na votação da semana passada, dez países apoiaram a resolução e os outros cinco --incluindo o Brasil-- se abstiveram, incluindo China e Rússia, que não usaram seu poder de veto. Na segunda-feira os jornais oficiais chineses elevaram o tom da oposição de Pequim contra os ataques aéreos ocidentais na Líbia, acusando as nações que apoiam os assaltos de violar regras internacionais e cortejar novos tumultos no Oriente Médio. Embora Pequim dificilmente vá além do embate verbal com os governos ocidentais na questão, sua oposição pode render pontos com árabes e outras nações que podem ficar mais alarmadas se os ataques continuarem e causar mais baixas.

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