07 de dezembro de 2016 | 11h02
PEQUIM - O governo chinês denunciou nesta quarta-feira, 7, que existe um “objetivo político futuro” na escala que a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, fará nos EUA em janeiro a caminho de um giro que realizará pela América Latina.
Com o telefonema do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, a Tsai na sexta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, mencionou em uma coletiva de imprensa o mal-estar sentido por Pequim com a aproximação entre a ilha e a futura gestão de Washington.
Ainda que não tenha havido uma confirmação oficial, veículos de imprensa taiwaneses informaram na terça-feira que a líder do país visitará a América Latina em janeiro, fazendo uma escala nos EUA, para assistir à tomada de posse do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e em seguida irá para Guatemala e El Salvador.
“As pessoas relevantes de Taiwan sempre realizaram esses truques, como a chamada ‘diplomacia de transição’. É óbvio para todos o objetivo político futuro”, afirmou Lu, que se recusou a responder se a China havia pedido aos EUA que cancelassem a escala de Tsai.
“Nossa posição é muito clara: só há uma China. E o Governo da República Popular da China é o único meio legítimo para representar o país. Isso é um consenso da comunidade internacional”, explicou o porta-voz.
Lu insistiu que “manter o princípio de ‘uma só China’ é uma pré-condição política ‘necessária e importante’ para que outros países desenvolvam suas relações com o país.
A viagem de Tsai pela América Latina ocorre em um momento de tensão nas relações entre China e Taiwan, que vinham se deteriorando nos últimos meses. /EFE
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