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China e Coreia do Sul decidem pressionar Norte sobre questão nuclear

Presidentes Xi Jinping e Park Geun-hye se mostram empenhados em apoiar sanções econômicas mais rigorosas

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Por Redação
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PEQUIM - O presidente chinês, Xi Jinping, recebeu nesta quinta-feira, 27, sua homóloga sul-coreana, Park Geun-hye, considerada uma "velha amiga da China", e concordou em pressionar a Coreia do Norte a aceitar novas negociações sobre a questão nuclear.

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Os dois assumiram seus cargos neste ano e se mostram empenhados em conter o programa nuclear norte-coreano, inclusive apoiando sanções econômicas mais rigorosas contra o país, tradicional aliado de Pequim. "Os dois líderes partilharam uma visão comum sobre a desnuclearização da Coreia do Norte, a manutenção da paz e da estabilidade na península da Coreia e a resolução das questões por meio do diálogo e das negociações", disse a Presidência sul-coreana em nota.

A China apoiou o Norte na Guerra da Coreia (1950-53) e depois prestou, durante décadas, uma vital ajuda econômica e diplomática ao país. Mas Pequim nos últimos anos vem adotando uma postura mais rígida contra o regime de Pyongyang, que já fez três testes com armas nucleares desde 2006.

O governo chinês adotou várias sanções contra o Norte para forçar o país a negociar, incluindo, neste ano, restrições à atividade de bancos norte-coreanos na China. Em abril, Xi disse em um fórum internacional que nenhum país "deve ter o poder de atirar a região e até o mundo todo no caos por causa de ganhos egoístas". Ele não citou nominalmente a Coreia do Norte, mas a declaração foi feita no momento de maior tensão na região em várias décadas, quando Pyongyang fazia ameaças diárias de ataques contra a Coreia do Sul e os EUA.

Do ponto de vista comercial, a China tem muito mais a ganhar aproximando-se da Coreia do Sul, com a qual tem um comércio bilateral anual de US$ 215 bilhões. Com a Coreia do Norte, o comércio é de apenas US$ 6 bilhões por ano./ REUTERS

 

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