China e Estados Unidos dizem estar comprometidos em negociar diferenças

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Por LESLEY WROUGHTON E MICHAEL MARTINA
Atualização:

A China e os Estados Unidos precisam negociar suas diferenças, disseram líderes dos dois países na quarta-feira no início do encontro anual que deve se concentrar em segurança cibernética, disputas marítimas, na moeda chinesa e em um acordo para investimento. O encontro de dois dias em Pequim, chamado de Diálogo Estratégico e Econômico, será uma oportunidade para as duas maiores economias do mundo amenizarem as tensões depois de meses de disputas sobre uma série de questões, sugerem especialistas. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário do Tesouro, Jack Lew, comandam a delegação dos Estados Unidos, com o vice-premiê Wang Yang e o principal diplomata Yang Jiechi liderando o lado chinês. O presidente chinês, Xi Jinping, disse que a cooperação sino-americana é de vital importância para a comunidade global. "O confronto entre a China e os Estados Unidos seria com certeza um desastre para os dois países e para o mundo", disse ele durante a cerimônia de abertura em uma casa de hóspedes do governo no oeste da cidade. "Nós devemos nos respeitar mutuamente e tratar um ao outro com igualdade, respeitar a soberania do outro e a integridade territorial e respeitar a escolha de cada um no caminho do desenvolvimento". Uma escalada nas tensões entre a China e alguns países no Mar do Sul da China e com o Japão no Mar da China Oriental, bem como acusações dos Estados Unidos sobre 'hacking' e espionagem na Internet têm provocado a ira em ambos os lados do Pacífico nos últimos meses. Em um comunicado divulgado quando as discussões começaram, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os Estados Unidos estão comprometidos com a criação de um "novo modelo" de relações com a China, definido pela cooperação e pelo gerenciamento construtivo das diferenças. "Os Estados Unidos saúdam a emergência de uma China estável, pacífica e próspera", disse Obama. "Continuamos determinados a assegurar que a cooperação marque o nosso relacionamento." Uma autoridade do governo dos Estados Unidos disse que as negociações entre Kerry e altos funcionários chineses incluíram discussões francas sobre os direitos humanos, disputas marítimas e espionagem cibernética.   Apesar dos laços comerciais profundamente interligados e do comércio bilateral no valor de mais de meio trilhão de dólares por ano, Pequim e Washington têm profundas diferenças sobre inúmeros assuntos, desde os direitos humanos até o valor da moeda chinesa.

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