
21 de março de 2008 | 16h22
Dezoito civis e um policial morreram em protestos contra a China em Lhasa, capital do Tibete, informou nesta sexta-feira, 21, a agência oficial de notícias da China. Antes, a contagem oficial de inocentes mortos era de 13. A agência informou que 241 policiais já ficaram feridos nos protestos no país, 23 em estado grave. Um acabou sendo morto por uma multidão. Veja também: China reconhece que policiais atiraram em quatro tibetanos China admite que protestos se espalharam para fora do Tibete Papa pede diálogo e tolerância para a crise China diz que enfrenta 'luta de vida ou morte' Protestos se espalham na China Entenda os protestos no Tibete Os protestos começaram no dia 10, ocasião que marcou o 49º aniversário de um levante tibetano contra a dominação chinesa. Os manifestantes, na maioria monges budistas, são contra a dominação do governo chinês, que anexou o Tibete ao seu território na década de 50. O governo regional disse que o número de civis feridos subiu de 325 para 382. Cinquenta e oito deles estão em estado grave. Nesta sexta-feira, as manifestações continuam. Um grupo de pelo menos quinze manifestantes tibetanos invadiu a embaixada da China em Nova Délhi, na Índia, com bandeiras e gritando palavras de ordem contra a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Os manifestantes que conseguiram entrar no edifício estavam com as mãos pintadas de vermelho e fitas amarelas na cabeça. Alguns deles estavam feridos na testa e sangravam. Ainda nesta sexta-feira, 21, a presidente da Câmara de Representantes (Câmara de Deputados) dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, se reuniu em Dharamshala, na Índia, com o líder espiritual tibetano dalai-lama. Após o encontro, Pelosi pediu à comunidade internacional que denuncie o papel da China no Tibete e a forma como Pequim tem administrado os protestos contra o governo chinês na região. "Se as pessoas que amam a liberdade ao redor do mundo não se expressarem contra a China e os chineses no Tibete, nós perdemos toda a autoridade moral para falar sobre direitos humanos", disse Pelosi, diante de uma multidão de tibetanos, incluindo monges e estudantes, no norte da Índia.
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