08 de dezembro de 2010 | 00h00
A cerimônia de premiação ocorrerá na sexta-feira sem a presença de Liu, condenado a 11 anos de prisão por seu papel na organização da Carta 08, documento que pede o fim do regime de partido único e a democratização das instituições chinesas, divulgado em 2008.
Tudo indica que nenhum de seus parentes conseguirá sair da China para representá-lo na cerimônia, o que impedirá que o prêmio seja entregue, na primeira vez em que isso ocorre desde 1936.
A mulher de Liu, Liu Xia, está em prisão domiciliar e é pouco provável que o governo de Pequim permita que qualquer outro parente deixe o país. Nas últimas semanas, cerca de dez ativistas de direitos humanos foram barrados em aeroportos quando tentavam embarcar em voos internacionais.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que mais de cem países e organizações manifestaram apoio ao governo chinês em suas críticas à premiação do dissidente. A maioria dos convidados participará da cerimônia, de acordo com o Comitê Nobel da Noruega, responsável pela escolha e entrega do Nobel da Paz, o único cujo processo ocorre fora da Suécia.
Dos 65 países convidados, 44 confirmaram que enviarão representantes, 2 ainda não responderam (Argélia e Sri Lanka) e 19 disseram que não estarão presentes.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.