
21 de setembro de 2010 | 23h19
PEQUIM- O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, exigiu a libertação "imediata e incondicional" do capitão do pesqueiro cuja prisão no Japão acirrou uma grave crise diplomática entre os dois países, informou nesta terça-feira, 21, a agência Nova China, segundo a agência AFP.
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"Do contrário, a China adotará outras medidas", disse Jiabo à agência em Nova York, onde deve participar em reuniões da ONU e se encontrar com vários líderes, entre eles o presidente Barack Obama.
As tensões entre China e Japão começaram em 7 de setembro com a captura de um barco de pesca chinês que se chocou com dois patrulheiros chineses próximo a ilhas inabitadas disputadas pelos dois países.
O arquipélago, chamado de Senkaku no Japão e de Diaoyu na China, fica ao norte de Taiwan e ao sul de Okinawa, e é uma área rica para a pesca, com possíveis reservas de petróleo e gás. O Japão atualmente controla as ilhas, mas ambos os países declaram ter posse do local.
No domingo, a China ameaçou o Japão com "fortes medidas de represálias" após o país prorrogar a prisão de Zhan Qixiong, de 41 anos, até 29 de setembro.
Pequim suspendeu os contatos ministeriais com Tóquio e convocou seis vezes o embaixador do Japão, algo excepcional, para exigir a libertação do capitão.
Nesta terça, o porta-voz do governo japonês declarou que as autoridades políticos da China e do Japão devem evitar todo o "nacionalismo".
Nesta quinta, Obama se encontrará separadamente em Nova York com os chefes de governo dos dois países, que estão nos EUA para a Assembleia Geral da ONU.
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