31 de março de 2017 | 00h56
HONG KONG - A China, principal importador e consumidor de presas de marfim, fechou um terço de suas fábricas e lojas de varejo dedicados ao produto nesta sexta-feira, 31. É o primeiro passo para banir as vendas de marfim até o final do ano. São 67 fábricas de esculturas e estabelecimentos.
Sobrarão, ainda, 105 estabelecimentos para serem fechados até o fim do ano, de acordo com documentos do governo chinês. O movimento foi reivindicado por ativistas, mas há o temor de que a região administrativa de Hong Kong seja um obstáculo para erradicar o comércio de produtos provenientes da caça ilegal de elefantes.
A antiga colônia inglesa, que tem o maior mercado de varejo para o mercado de marfim, é um hub de consumo e trânsito. Mais de 90% dos consumidores vêm da China. Em Hong Kong, a atividade existe há mais de 150 anos.
O país pediu tempo para banir o comércio de marfim no ano passado, mas legisladores se reuniram nesta semana para discutir o banimento. A ONG WildAid, dedicada a temas como a caça ilegal de animais, estima que até 30 mil elefantes são mortos ilegalmente a cada ano. Segundo a organização, mercados como o de Hong Kong perpetuam a demanda.
Enquanto o preço do marfim caiu para quase dois terços nos últimos três anos, segundo um informe da Save Elephants. O preço no atacado do marfim cru caiu de US$ 2.100 por quilo no início de 2014 para US$ 730 em fevereiro de 2015. / REUTERS
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