30 de dezembro de 2010 | 12h34
Pequim tem feito bastante propaganda do esforço contra o que autoridades dizem ser conteúdo indecente e lascivo na Internet e em telefones celulares.
Críticos acusam o governo chinês de aprofundar a ação, lançada em dezembro passado, implicando em uma censura geral.
Mas Wang Chen, chefe do Escritório de Informação do Conselho de Estado, ou porta-voz do gabinete, disse que a ofensiva é vital.
"Nossa campanha tem sido um grande sucesso e não tem sido fácil atingir os resultados", disse ele em entrevista coletiva. "Tornamos o ambiente da Internet muito mais limpo do que antes, já que havia muito material pornográfico disponível."
De 4.965 suspeitos por envolvimento com sites de pornografia, 1.332 pessoas receberam "penas criminais", com 58 delas condenadas à prisão por cinco anos ou mais, disse Wang.
O governo checou o conteúdo de 1,79 milhão de sites e apagou 350 milhões de páginas na Web relacionadas com pornografia, segundo ele.
Com estimados 450 milhões de usuários de Internet no final de novembro, a China tem a maior população online do mundo.
As preocupações do governo chinês com a Internet se tornaram um fio condutor perigoso para ameaçar a disseminação de imagens e ideias. A China bloqueou uma série de sites populares e serviços de Internet, incluindo o YouTube do Google, o Twitter, o Flickr e o Facebook.
(Por Ben Blanchard, Sabrina Mao e Benjamin Kang Lim)
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