China impede ataques em visita de presidente do Paquistão

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Por BEN BLANCHARD
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A China impediu ataques de supostos militantes Uigur na turbulenta região chinesa de Xinjiang, informou a mídia estatal nesta quarta-feira, no momento em que o país recebe a visita do presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, em uma feira de comércio. Zardari prometeu uma estreita colaboração com a China na luta contra o terrorismo, segundo a imprensa estatal chinesa, quase um mês depois de Pequim acusar militantes treinados no Paquistão por um atentado numa remota região habitada por muçulmanos. Ele fez as declarações na terça-feira durante reunião com Zhang Chunxian, líder do Partido Comunista. A China acirrou a segurança em Urumqi antes da feira, posicionando equipes armadas da SWAT e policiais da tropa de choque na parte da cidade dominada pelo grupo étnico Uigur, e aumentando as checagens em voos direcionados à região. O chefe do Partido Comunista de Urumqi, Zhu Hailun, disse que "separatistas, extremistas religiosos e terroristas vinham tramando sabotar a exposição", segundo a agência de notícias oficial Xinhua. A visita do presidente do Paquistão reforça uma aliança entre Paquistão e China que vem se intensificando nos últimos meses, período em que a relação de Islamabad com os EUA se deteriorou. No final de julho, autoridades disseram que um ataque a facadas ocorrido na cidade de Kashgar, no sul de Xinjiang, havia sido cometido por membros do separatista Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, que teriam sido treinados no Paquistão. A região de Xinjiang faz fronteira com o Paquistão, onde membros da etnia islâmica Uigur costumam se refugiar. Zardari disse que seu país se opõe a quaisquer atividades terroristas, noticiou o Diário do Povo em seu site na quarta-feira. "O Paquistão terá uma cooperação cada vez maior com a China no combate ao terrorismo, e juntos iremos atingir as forças terroristas", disse Zardari a Zhang, segundo o jornal. "O terrorismo é o inimigo conjunto da humanidade, e agradecemos o Paquistão por seu apoio a esse respeito", respondeu o dirigente comunista.

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