WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira, 28, que há uma “boa chance” de que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, abandone as armas nucleares e “faça o que é certo para seu povo e para a humanidade”.
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“Recebi uma mensagem de Xi Jinping da China dizendo que sua reunião com Kim Jong-un foi muito boa e que Kim espera se reunir comigo”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.
De acordo com Xi, Kim “está ansioso” para se encontrar com Trump. A Casa Branca disse que o presidente americano planeja se reunir com o líder norte-coreano em maio em meio às tensões nucleares entre os dois países. Mas enquanto esse dia não chega, Trump ressaltou que “infelizmente as sanções e a pressão serão mantidas a todo custo”.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que os EUA analisaram a viagem de Kim Jong-un com Seul e Tóquio. "Nós vemos este último acontecimento como mais uma prova de que nossa campanha de pressão máxima está criando a atmosfera apropriada para o diálogo com a Coreia do Norte", afirmou ela.
Kim Jong-un e sua mulher, Ri sol-ju, viajaram no domingo para Pequim, no que foi a primeira visita ao exterior do líder norte-coreano desde que chegou ao poder, em 2011.
Tóquio e Seul
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu explicações da China sobre a viagem de Kim. "Queremos receber uma explicação completa da China", disse o premiê durante um discurso no Parlamento japonês, onde também afirmou que o país "está coletando e analisando a informação com grande interesse".
Abe é um forte defensor da política de "pressão máxima" sobre Pyongyang, em linha com Washington, e mostrou ceticismo quanto à disposição ao diálogo do regime desde que iniciou o "degelo" entre as duas Coreias em razão dos Jogos Olímpicos de PyeongChang.
Mas o líder japonês também tenta aproveitar esta abertura do regime para participar dos intensos contatos multilaterais e incluir os interesses nacionais na agenda.
Já o governo da Coreia do Sul avaliou positivamente a viagem do líder norte-coreano, considerando que a melhoria de laços entre os dois países vizinhos contribui para o atual clima de aproximação e a desnuclearização do regime.
"Em relação às cúpulas (abril e maio), acreditamos que a melhoria de laços entre Pyongyang e Pequim ajudará na questão da desnuclearização e estabelecerá a paz na península (coreana)", afirmou um porta-voz do Ministério da Unificação sul-coreano. / EFE, AP e AFP