China nega ter especialistas no Iraque

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Por Agencia Estado
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O governo norte-americano afirmou que os ataques contra cinco instalações de defesa aérea no sul do Iraque tinham sido programados para a sexta-feira a fim de evitar a morte ou ferimento de trabalhadores civis e militares chineses que estariam ajudando a instalar cabos subterrâneos de fibra óptica que aumentariam significativamente a eficiência da defesa aérea do Iraque. "Na sexta-feira você tinha o menor número de pessoas presente - tanto iraquianos como chineses", afirmou um alto oficial americano, que pediu para não ser identificado. "O objetivo não era matar pessoas, o objetivo era destruir o material." O oficial garantiu que uma parte da rede de fibra óptica já estava operando no momento do bombardeio. Em Pequim, o porta-voz do Ministério do Exterior, Zhu Bangzao, disse que não tinha conhecimento de que especialistas civis e militares chineses estariam ajudando militares do Iraque a instalar cabos subterrâneos de fibra óptica. Ele sugeriu que as notícias visavam apenas desviar a atenção das críticas aos ataques de sexta-feira. Para ele, "qualquer exercício, qualquer ato para iludir o público e desviar a atenção pública é totalmente fútil". A preocupação com potenciais baixas chinesas está ligada ao bombardeio americano em maio de 1999 da embaixada da China em Belgrado, Iugoslávia - um ataque que os Estados Unidos garantiram ter sido fruto de um erro, e o governo chinês insiste ter sido um ato deliberado. O bombardeio matou três chineses, feriu mais de uma dúzia e envenenou as relações sino-americanas por meses.

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