China pede a navios que evitem zona de pirataria na África

PUBLICIDADE

Atualização:

A China aconselhou seus navios a ficarem longe da costa da Somália, onde na segunda-feira piratas capturaram um barco chinês que transportava carvão. O incidente com o navio De Xin Hai, que leva 25 tripulantes chineses, ocorreu a cerca de 700 milhas náuticas da costa da Somália, um país anárquico, onde a pirataria assola uma das mais movimentadas rotas da navegação mundial. A chancelaria chinesa disse na terça-feira que o governo está empenhado em recuperar a embarcação, mas um dos piratas disse à Reuters que os tripulantes podem ser mortos se as autoridades tentarem uma retomada à força. Uma solução negociada, no entanto, parece possível. Por enquanto, o site do ministério chinês dos Transportes alertou as embarcações do país "a evitarem a área ao máximo possível, dizendo aos navios na vizinhança que elevem sua vigilância e fortaleçam a proteção." A nota não informa exatamente a qual área o alerta se refere. Anteriormente, barcos chineses haviam sido aconselhados a ficarem a mais de 600 milhas da costa do leste da África. O De Xin Hai estava fora dessa faixa ao ser capturado, e não ficou claro se a China ampliaria o perímetro do alerta, o que aumentaria o tempo e o custo dos fretes nessa rota. Essa é o primeiro incidente de pirataria contra navios de carvão, que normalmente são menores e têm menos tripulantes. O caso pode afetar a previsão de aumento do transporte de carvão da África do Sul para a Índia nos próximos meses, refletindo o forte crescimento da demanda indiana por carvão nos últimos dois anos. A força de combate à pirataria da União Europeia disse que um avião europeu de patrulha marítima localizou o barco chinês na quarta-feira. Apesar da forte presença naval internacional na região neste ano, as quadrilhas de piratas continuam aterrorizando as águas somalis, obtendo dezenas de milhões de dólares no pagamento de resgates. (Reportagem de Chris Buckley)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.