PEQUIM - O governo da China pediu ações "práticas e sinceras" nesta terça-feira, 28, ao Japão para resolver a disputa aberta por causa do incidente marítimo perto das disputadas ilhas Diaoyu (Senkaku, em japonês).
"A China valoriza altamente as relações sino-japonesas, mas preservar essas relações bilaterais requer que as duas partes se encontrem a meio caminho e que o Japão realize ações práticas e sinceras", asseverou Jiang Yu, porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês.
"O Japão deve avançar em passos concretos para eliminar o impacto negativo deste incidente (envolvendo um pesqueiro chinês e barcos da Guarda Costeira japonesa)", acrescentou Jiang, quem no entanto recusou detalhar as medidas que Pequim reivindica do país vizinho.
Embora o Japão tenha libertado no sábado Zhan Qixiong, de 41 anos, capitão da embarcação chinesa envolvido no incidente, o governo chinês considera que a normalidade diplomática ainda não se restabeleceu.
Neste sentido, o governo chinês se negou categoricamente ao pedido do Japão de que custeasse os danos do choque entre o pesqueiro chinês e as duas embarcações de patrulha japonesas no último dia 7.
Apesar dos protestos de Tóquio, a porta-voz acrescentou que os navios de pesca chineses continuarão se aproximando das ilhas em disputa para trabalhar. "Esperamos que o Japão pare de interferir nos pesqueiros chineses", advertiu.
O choque destacou o conflito territorial das ilhas Senkaku-Diaoyu, um pequeno arquipélago desabitado no Mar da China Oriental que é disputado por China, Japão e Taiwan, em cujas águas há grandes reservas de petróleo e gás natural.