
24 de novembro de 2010 | 12h02
PEQUIM - A China pediu nesta quarta-feira, 24, que as Coreias do Norte e do Sul mostrem "calma e contenção" e se comprometam o mais rapidamente possível com conversações para evitar uma escalada nas tensões, depois de um ataque que deixou quatro sul-coreanos mortos.
Veja também:
Vídeo: Veja imagens do ataque norte-coreano
Radar Global: O armistício de Pan-Mun-Jon
Análise: Pyongyang tem 1 milhão de soldados; Seul tem os EUA
Infográfico: As origens do impasse na península coreana
Entenda a crise entre os dois países
O comunicado do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hong Lei, foi a primeira resposta detalhada das autoridades chinesas ao incidente de terça-feira, quando a Coreia do Norte disparou contra uma ilha sul-coreana.
Ao contrário dos governos de outros países da região, a China não condenou apenas a Coreia do Norte. "A China leva esse incidente muito a sério, expressa dor e lamenta a perda de vida. Nós nos sentimos ansiosos quanto aos desdobramentos", disse Hong, no comentário divulgado pela Chanceleria em sua página na Internet. (www.mfa.gov.cn).
"A China faz um chamado forte para que tanto a Coreia do Norte como a do Sul ajam com calma e contenção, e o mais rapidamente possível se comprometam com o diálogo e os contatos", disse Hong.
Ele também afirmou que a China "se opõe a quaisquer ações prejudiciais à paz e a estabilidade da península coreana".
Os dois países se encontram tecnicamente em conflito desde que a Guerra da Coreia (1950-1953) foi encerrada pelo armistício em vez de um tratado de paz. Desde então, o acirramento das tensões entre as duas nações asiáticas é frequente. O ataque à ilha de Yeonpyeong é considerado um dos mais graves incidentes desde então.
Um dos episódios mais recentes dos atritos entre os países foi o afundamento do navio sul-coreano Cheonan. Seul acusa Pyongyang de estar por trás do ataque, que matou 46 marinheiros. A Coreia do Norte, que está sob pressão pelas suspeitas de estar ampliando seu programa nuclear, nega.
Leia mais:
EUA e Coreia do Sul farão manobras militares no domingo
Obama: Pyongyang é ameaça séria e contínua
Pyongyang acusa Seul de levar região 'à beira da guerra'
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.