China pede que Japão 'corrija erros' e volte a negociar soberania de ilhas

Ministro das Relações Exteriores chinês afirmou que país tomará as medidas 'necessárias' para defender o território

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Por Efe
Atualização:

PEQUIM - A China pediu ao Japão nesta quarta-feira, 12, que volte à via da negociação no conflito entre os países pela soberania das ilhas Diaoyu, depois que Tóquio comprou três das ilhotas do polêmico arquipélago. Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, considerou que, neste momento, a "tarefa mais urgente é que o Japão corrija seus erros, reverta a situação e volte à via do diálogo e da negociação para resolver o conflito."

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Depois que o Japão adquiriu na terça-feira, pelo equivalente a US$ 26,3 milhões, as três ilhotas, a China respondeu com o envio de dois navios patrulheiros do Serviço de Guarda Costeira, aumentando a recente escalada de tensão diplomática entre os países. "A atual situação é culpa do Japão", declarou Hong, insistindo que a China tomará as medidas "necessárias" para defender seu território, mas descartou especificar de que natureza poderiam ser e se teriam caráter comercial.

O arquipélago em disputa é formado pelas três ilhas adquiridas pelo Japão, junto com outras duas também desabitadas e três penhascos, um território de sete quilômetros quadrados conhecido como Senkaku pelo Japão, Diaoyu pela China e Tiaoyutai por Taiwan, que também o reivindica como seu. Embora o Japão alegue que tomou o controle do arquipélago na década de 1890, o regime comunista garante que a China descobriu e batizou pela primeira vez as ilhas, e por isso são parte de seu território desde a antiguidade.

A disputa territorial sobre estas ilhotas, administradas formalmente pela província japonesa de Okinawa e que poderiam contar com importantes recursos naturais, aumentou ainda mais desde agosto, quando ativistas chineses e japoneses realizaram desembarques não autorizados no arquipélago.

 

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